A Itália saiu das últimas eleições sem primeiro ministro. Nenhum
dos partidos conseguiu maioria necessária no Senado para ocupar o cargo. Ficaram
na liderança o partido de centro-esquerda de Luigi Bertoli e a centro-direita
do ex-primeiro ministro Silvio Berlusconi.
Outra surpresa foi o bom desempenho do humorista Beppe Grillo,
representante do Movimento Cinco Estrelas. Seus votos revelam a insatisfação da
população da italiana, que busca eleger um candidato que diz querer livrar a
Itália dos políticos e se recusa a fazer propagandas na TV.
Essa insatisfação se revela ainda no baixo desempenho do
atual primeiro ministro Mario Monti, que após promover a política de
austeridade imposta pelo Banco Central Europeu teve o pior desempenho dentre os
candidatos.
A centro-esquerda, apesar de não ter obtido maioria no Senado,
tem a maior parte das cadeiras da câmara. Mas pouco vale essa maioria já que os
projetos devem ser aprovados pelas duas bancadas. Agora a Itália tem duas opções:
adotar um governo de coalizão com participação de todos os partidos como quer a
direita, ou convocar novas eleições como deseja a esquerda.
Enquanto isso graças às incertezas do próximo governo, a
bolsa de valores italiana tem a maior queda em meio ano, agravando ainda mais a
crise da zona do euro.
Preocupa-me muito pensar que efeitos terão essa crise
política e econômica somada a crise moral da Igreja Católica com sede em Roma
sobre um país como a Itália, que, apesar de ter vividos anos em uma ditadura
facista,elegeu vários parlamentares de um partido facista nas eleições
anteriores.
Imagem: http://s2.glbimg.com/z6GmhG0i8a213L54v2CMKfjgV6hPKUvrhuK7Uq2KKrOuUErQNmmIPYas7d1jegRE/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2013/02/22/bonecos.jpg
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